Translate

sábado, 3 de agosto de 2013

O Sacrifício Mais Agradável a Deus

Portanto, se estás fazendo a tua oferta diante do altar, e te lembras aí que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai-te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta.
Mateus, V: 23-24
Texto retirado de "A Bíblia"

Quando Jesus disse " Vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta", ensinou que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o dos próprios ressentimentos; que antes de pedir perdão ao Senhor, é preciso que se perdoe aos outros, e que, se algum mal se tiver feito contra um irmão, é necessário tê-lo reparado. Somente assim a oferta será agradável porque provem de um coração puro de qualquer nau pensamento. Ele materializa esse preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais, e era necessário conformar as suas palavras aos costumes do povo. O cristão não oferece prendas materiais, pois que espiritualizou o sacrifício, mas o preceito não tem menos força para ele. Oferecendo sua alma a Deus, deve apresentá-la purificada. Ao entrar no templo do Senhor, deve deixar lá fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então sua prece será levada pelos anjos: " Deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai te reconciliar primeiro com teu irmão", se queres ser agradável a Deus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Reconciliar-se com os Adversários


Concerta-te sem demoras com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e seja mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último centil.
Mateus, V: 25-26
Texto retirado de "A Bíblia"





Há, na prática do perdão, e na pratica do bem em geral, além de um efeito moral, um efeito também material. A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto do seu rancor. Daí ser falso, quando aplicado ao homem, o provérbio: "morto o cão, acaba a raiva". O Espírito mais espera que aquele a quem quer mal esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo-o nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições. É necessário ver nesse facto a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado e o possesso, são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a que provavelmente deram motivos por sua conduta.(...) Importa, pois com vista à tranquilidade futura, reparar o mais cedo possível os males que se tenham praticado em relação ao próximo, e perdoar aos inimigos, para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de desavença, toda causa profunda de animosidade posterior.(...) Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja, até que a justiça divina não esteja completamente satisfeita.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Perdoai para que Deus vos Perdoe

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Mateus, V: 7
Se perdoares aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoares aos homens, tão-pouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.
Mateus, VI: 14-15
Texto retirado de "A Bíblia"

A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima do mal que lhe quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e caridade.
Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se não for condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma é grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com delicadeza e amor-próprio a susceptibilidade do adversário, mesmo quando a culpa foi inteiramente dele. A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estende a mão, não é por benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera, de uma e de outra parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas uma maneira de satisfazer o orgulho. Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
Texto retirado de " O Evangelho Segundo o Espiritismo " de Allan Kardec