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Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu em Lyon, 3 de Outubro de 1804 e desencarnou em Paris, 31 de Março de 1869, de pseudónimo Allan Kardec.
Nascido numa família tradicional de orientação católica ligada a magistratura e advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Rivail, realizou os seus estudos na Suíça, país que lhe proporcionou um contacto direto com outras religiões em particular a protestante. Aos quatorze anos de idade ministrava cursos de aprendizagem para ajudar os que tinham mais dificuldade em aprender, fossem estes seus colegas ou não, aos dezoito obtivera licenciatura em Ciências e letras.
Concluiu os seus estudos muito jovem, Rivail retornou logo de seguida o caminho para casa na "sua" França. Profundo conhecedor dos idiomas francês (língua materna), alemão, inglês, holandês  italiano e espanhol,  dedicou grande parte do seu tempo a traduzir, inúmeras obras de literatura, para a língua germânica, com especial destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais mantinha particular interesse.
Era um homem ativo, sendo membro de diversas sociedades de pensadores entre as quais destacamos Academia Real de Arras, e da qual foi destingido uma memoria com o tema "Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades de época?"
Como professor, abraçou o ideal de que o ensino deveria ser para todos e não para uns quantos. Entre 1835 e 1840, lecionava em sua residência, aulas gratuitas de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia entre outras. Nesse mesmo período engendrou um método que visava facilitar aos estudantes a memorização as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do seu país.
O Prof. Rivail, como era conhecido na época, só em 1854 é que ouve falar pela primeira vez no fenómeno das "mesas giratórias", bastante difundido pelo seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita importância ao fenómeno  pois encontrava a sua explicação no chamado magnetismo animal, chegando mesmo a afirmar que "Só acreditarei se me provarem que as mesas têm um cérebro para pensar e nervos para sentir. Enquanto isso, permita-me considerar esse fato como uma história fabulosa" só que em maio de 1855, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenómenos se produziam, é que a sua curiosidade aguçou-se.
Durante esse período, entrou em contacto com o fenómeno da escrita médiunica- ou psicografia, passando assim a comunicar-se com os espíritos. um desses espíritos, que se dá a conhecer como "espírito familiar, passa a orientar o Prof. Rivail nos seus trabalho. Mais tarde, este mesmo espírito iria informar-lhe que já o conhecerá em tempos(outra vida), na Antiga Gália, com o nome de Allan Kardec.
Assim, o Prof. Rivail passa a adotar o pseudónimo, sob o qual publicou as obras que sintetizam as leis da Doutrina Espírita.
O Prof. Rivail, como homem serio e de compromissos, passará a procura de uma resposta para o fenómeno das mesas giratórias, que consista na compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científicos  filosóficos e moral, com o objectivo de alcançar uma resposta que não negligencie, o imperativo da investigação empírica na construção do conhecimento, nem na dimensão espiritual do interior humano.
Passando a adoptar o pseudónimo de Allan Kardec, para que não fosse criada nenhuma interligação entre os seus trabalhos e publicações académicas como Prof. Rivail e as da descodificação Espírita a que se tinha proposto depois de em uma das reuniões a que assistira um espírito lhe propor tal desafio.
Kardec então começa a elaborar o que viria a ser mais tarde o Livro dos Espíritos. Numa primeira publicação três jovens comprometeram-se a ajudar Kardec, pois o mesmo não era médium  e obtivera como missão a formulação de perguntas e organização das respostas 501 no total.
Numa segunda fase e depois da publicação do livro vários médiuns, de vários cantos do mundo entram em contacto com Kardec e então é que se dá a conclusão final do livro, escolhendo mais de dez médiuns, Kardec nunca revelou ao certo quantos eram e de onde eram só se sabe que eram de hemisférios diferentes do planeta sem hipótese alguma de se conhecerem ou virem a conhecer-se.
Kardec começa então a formulação de perguntas, (as mesmas para todos) obtendo assim respostas iguais ou similares e é então que se dá a conclusão da "sua" primeira obra com mais de 1000 perguntas e respostas.
Kardec adopta este método por uma questão coerência tinha a certeza que era a melhor forma de que as pessoas vissem o seu trabalho com a seriedade de que este merecia.

"A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação."
Allan Kardec


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