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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mal Necessário

Se assim é, dir-se-á, o mal é necessário e durará sempre, pois se viesse a desaparecer, Deus ficaria privado de um poderoso meio de castigar os culpados. É inútil, portanto, procurar melhorar os homens. Mas, se não houvesse culpados, não haveria necessidade de castigos. Suponhamos a humanidade transformada numa comunhão de homens de bem: nenhum procuraria fazer mal ao próximo, e todos seriam felizes, porque seriam bons. Tal é o estado dos mundos adiantados, dos quais o mal foi excluido. Tal será o estado da Terra, quando houver progredido suficientemente. Mas enquanto certos mundos avançam, outros se formam, povoados, por Espíritos primitivos, e que servem ainda de morada, de exílio e de luar de expiação para os Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, rejeitados pelos mundos que se tornam felizes.
Mas ai daquele por quem vem o escândalo: quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que serviu, sem o saber, de instrumento para a justiça divina, sendo utilizados os seus maus instintos, nem por isso deixou de fazer o mal, e deve ser punido. É assim, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que o suporta, porque esse pai talvez tenha sido um mau filho, que fez sofrer o seu pai, e agora sofre a pena de talião. Mas o filho não terá desculpas por isso, e deverá ser castigado por sua vez, através dos seus próprios filhos ou de outra maneira.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismos" de Allan Kardec

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