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domingo, 13 de janeiro de 2013

A Caridade Material e a Caridade Moral(cont.)

A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que menos fazeis nesse mundo, em que estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade. Saber fazer de surdo, quando uma palavra irónica escapa de uma boca habituada a caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida espírita, a única verdadeira, estão às vezes muito abaixo: eis um merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se incomodar com as faltas alheias é caridade moral.
Essa caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra. Pelo contrario: pensai, sobretudo, que não deveis desprezar o vosso semelhante; lembrai-vos de tudo o que vos tenha dito; é necessário lembrar, incessantemente, que o pobre repelido talvez seja um Espírito que vos foi caro(querido), e que momentaneamente se encontra numa posição inferior à vossa. Reencontrei um dos pobres do vosso mundo a quem pude, por felicidade, beneficiar algumas vezes, e ao qual agora de pedir, por minha vez.
Recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos, e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o "leproso" ou o mendigo(indigente). Adeus! Pensai naquele que sofreu, e orai.
Irmã Rosália, Paris, 1860.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec

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