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segunda-feira, 11 de março de 2013

Veneno Material

A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apoiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa ideia? Que compensação poderão oferecer-lhes? que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.
A propagação das ideias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a ideia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio. Daí uma palavra, a coragem moral.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo O Espiritismo" de Allan Kardec

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