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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Conseito de Humanidade

Admita-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita que dá uma falsa ideia do conjunto. É necessário considerar que toda a humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fracção dela.(...)
Faríamos uma ideia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados: numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as aflições sobrepujam os prazeres.(...)
Ora, da mesma maneira que,numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.
Texto retirado do livro" O Evangelho Segundo O Espiritismo" de Allan Kardec

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