Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.
Mateus, V 8;
Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas, os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, Jesus, levo-o a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daquele que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava.
Marcos, X: 13-16
A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis por que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
Esta comparação poderia não parecer justa, se considerarmos que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Não obstante, ela é exata do ponto de vista da vida presente. Porque a criança, não tendo tempo ainda podido manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência a da criatura. Aliás, Jesus não diz de maneira absoluta que o Reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
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