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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Suicídio e sofrimento

Um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida de um semelhante, sabendo que ele sucumbirá; isso pode ser considerado como suicídio?
-Não havendo a intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação, mesmo com certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem diz que a Providencia não reservará um meio inesperado de salvação, no momento mais crítico? Não pode ela salvar até mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Pode ela muitas vezes, querer levar a prova de resignação até o último limite, e então uma circunstancia inesperada desvia o golpe fatal.
Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos por submissão à vontade de Deus e com vista à sua felicidade futura, não trabalham apenas para eles mesmos, e podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros?
-Esses sofrimentos podem ser proveitosos para outros, material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as privações e os sacrifícios que se impõem contribuem para o bem-estar material do próximo. Moralmente, pelo exemplo do poder da fé espírita pode incitar os infelizes à resignação, salvando-os do desespero e de suas funestas consequências para o futuro.

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