Portanto, se estás fazendo a tua oferta diante do altar, e te lembras aí que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai-te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta.
Mateus, V: 23-24
Texto retirado de "A Bíblia"
Quando Jesus disse " Vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta", ensinou que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o dos próprios ressentimentos; que antes de pedir perdão ao Senhor, é preciso que se perdoe aos outros, e que, se algum mal se tiver feito contra um irmão, é necessário tê-lo reparado. Somente assim a oferta será agradável porque provem de um coração puro de qualquer nau pensamento. Ele materializa esse preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais, e era necessário conformar as suas palavras aos costumes do povo. O cristão não oferece prendas materiais, pois que espiritualizou o sacrifício, mas o preceito não tem menos força para ele. Oferecendo sua alma a Deus, deve apresentá-la purificada. Ao entrar no templo do Senhor, deve deixar lá fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então sua prece será levada pelos anjos: " Deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai te reconciliar primeiro com teu irmão", se queres ser agradável a Deus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada. Albert Einstein
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sábado, 3 de agosto de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Reconciliar-se com os Adversários
Concerta-te sem demoras com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e seja mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último centil.
Mateus, V: 25-26
Texto retirado de "A Bíblia"
Há, na prática do perdão, e na pratica do bem em geral, além de um efeito moral, um efeito também material. A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto do seu rancor. Daí ser falso, quando aplicado ao homem, o provérbio: "morto o cão, acaba a raiva". O Espírito mais espera que aquele a quem quer mal esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo-o nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições. É necessário ver nesse facto a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado e o possesso, são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a que provavelmente deram motivos por sua conduta.(...) Importa, pois com vista à tranquilidade futura, reparar o mais cedo possível os males que se tenham praticado em relação ao próximo, e perdoar aos inimigos, para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de desavença, toda causa profunda de animosidade posterior.(...) Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja, até que a justiça divina não esteja completamente satisfeita.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Perdoai para que Deus vos Perdoe
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Mateus, V: 7
Se perdoares aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoares aos homens, tão-pouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.
Mateus, VI: 14-15
Texto retirado de "A Bíblia"
A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima do mal que lhe quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e caridade.
Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se não for condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma é grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com delicadeza e amor-próprio a susceptibilidade do adversário, mesmo quando a culpa foi inteiramente dele. A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estende a mão, não é por benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera, de uma e de outra parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas uma maneira de satisfazer o orgulho. Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
Texto retirado de " O Evangelho Segundo o Espiritismo " de Allan Kardec
Mateus, V: 7
Se perdoares aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoares aos homens, tão-pouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.
Mateus, VI: 14-15
Texto retirado de "A Bíblia"
A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima do mal que lhe quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e caridade.
Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se não for condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma é grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com delicadeza e amor-próprio a susceptibilidade do adversário, mesmo quando a culpa foi inteiramente dele. A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estende a mão, não é por benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera, de uma e de outra parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas uma maneira de satisfazer o orgulho. Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
Texto retirado de " O Evangelho Segundo o Espiritismo " de Allan Kardec
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Vícios
Segundo a ideia muito fala de que não se pode reformar a própria natureza, o homem se julga dispensado de fazer esforços para se corrigir dos defeitos em que se compraz voluntariamente, ou que para isso exigiriam muita perseverança. É assim , por exemplo, que o homem inclinado à cólera se desculpa quase sempre com o seu temperamento. Em vez de se considerar culpado, atribui a falta ao seu organismo, acusando assim a Deus pelos seus próprios defeitos. É ainda uma consequência do orgulho, que se encontra mesclado a todas as suas imperfeições.
Não há dúvida que existem temperamentos que se prestam melhor aos atos de violência, como existem músculos mais flexíveis, que melhor se prestam a exercícios físicos. Não penseis, porém, que seja essa a causa fundamental da cólera, e a creditai que um Espírito pacífico, mesmo num corpo bilioso, será sempre pacífico, enquanto um Espírito violento, um corpo linfático não seria mais dócil. Nesse caso, a violência apenas tomaria outros caracteres. Não dispondo de um organismo apropriado à sua manifestação a cólera seria concentrada, enquanto no caso contrário seria expansiva.
O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios. Todas e todos os vícios são inerentes ao Espírito. Sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade. O homem que é deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nada tem com isso, mas pode modificar o que relaciona com o Espírito, quando dispõe de uma vontade firme. A experiência não vos prova, espíritas, até onde pode ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam aos vossos olhos? Dizei, pois que o homem só permanece vicioso porque o quer, mas que aquele que deseja corrigir-se sempre o pode fazer. De outra maneira, a lei do progresso não existiria para o homem.
Texto retirado do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Não há dúvida que existem temperamentos que se prestam melhor aos atos de violência, como existem músculos mais flexíveis, que melhor se prestam a exercícios físicos. Não penseis, porém, que seja essa a causa fundamental da cólera, e a creditai que um Espírito pacífico, mesmo num corpo bilioso, será sempre pacífico, enquanto um Espírito violento, um corpo linfático não seria mais dócil. Nesse caso, a violência apenas tomaria outros caracteres. Não dispondo de um organismo apropriado à sua manifestação a cólera seria concentrada, enquanto no caso contrário seria expansiva.
O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios. Todas e todos os vícios são inerentes ao Espírito. Sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade. O homem que é deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nada tem com isso, mas pode modificar o que relaciona com o Espírito, quando dispõe de uma vontade firme. A experiência não vos prova, espíritas, até onde pode ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam aos vossos olhos? Dizei, pois que o homem só permanece vicioso porque o quer, mas que aquele que deseja corrigir-se sempre o pode fazer. De outra maneira, a lei do progresso não existiria para o homem.
Texto retirado do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sexta-feira, 24 de maio de 2013
A cólera
O orgulho vos leva a vos julgardes mais do que sois, a não acreditar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, de tal maneira acima de vossos irmãos, seja na finura de espírito, seja no tocante à posição social, seja ainda em relação às vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e vos fere. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.
Procurai a origem desses acessos de demência passageira, que vos assemelham aos brutos, fazendo-vos perder a sangue-frio e a razão; procurai-a, e encontrareis quase sempre por base o orgulho ferido. Não é acaso o orgulho ferido por uma contradita, que vos faz repelir as observações justas e rejeitar, encolerizados, os mais sábios conselhos? Até mesmo e impaciência, causada pelas contrariedades, em geral pueris, decorre da importância atribuída à personalidade, perante a qual julgais que todos devem curvar-se.
No seu frenesim, o homem colérico se volta contra tudo, à própria natureza bruta, aos objetos inanimados, que espedaça, por não o obedecerem. Ah, se nesses momentos ele pudesse ver-se a sangue-frio, teria horror de si mesmo ou se reconheceria ridículo! Que julgue por isso a impressão que deve causar aos outros. Ao menos pelo respeito a si mesmo, deveria esforçar-se, pois, para vencer essa tendência que o torna digno de piedade.
Se pudesse pensar que a cólera nada resolve, que lhe altera a saúde, compromete a sua própria vida, veria que é ele mesmo a sua primeira vítima. Mas ainda há outra consideração que o deveria deter: o pensamento de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não sentirá remorsos por fazer sofrer as criaturas que mais ama? E que mágoa mortal não sentiria se, num acesso de arrebatamento, cometesse um ato de que teria de recriminar-se por toda a vida! Em suma: a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal. Isto deve ser suficiente para incitar os esforços por dominá-la. O espírita, aliás, é incitado por outro motivo: o de que ela é contraria à caridade e á humildade cristã.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Procurai a origem desses acessos de demência passageira, que vos assemelham aos brutos, fazendo-vos perder a sangue-frio e a razão; procurai-a, e encontrareis quase sempre por base o orgulho ferido. Não é acaso o orgulho ferido por uma contradita, que vos faz repelir as observações justas e rejeitar, encolerizados, os mais sábios conselhos? Até mesmo e impaciência, causada pelas contrariedades, em geral pueris, decorre da importância atribuída à personalidade, perante a qual julgais que todos devem curvar-se.
No seu frenesim, o homem colérico se volta contra tudo, à própria natureza bruta, aos objetos inanimados, que espedaça, por não o obedecerem. Ah, se nesses momentos ele pudesse ver-se a sangue-frio, teria horror de si mesmo ou se reconheceria ridículo! Que julgue por isso a impressão que deve causar aos outros. Ao menos pelo respeito a si mesmo, deveria esforçar-se, pois, para vencer essa tendência que o torna digno de piedade.
Se pudesse pensar que a cólera nada resolve, que lhe altera a saúde, compromete a sua própria vida, veria que é ele mesmo a sua primeira vítima. Mas ainda há outra consideração que o deveria deter: o pensamento de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não sentirá remorsos por fazer sofrer as criaturas que mais ama? E que mágoa mortal não sentiria se, num acesso de arrebatamento, cometesse um ato de que teria de recriminar-se por toda a vida! Em suma: a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal. Isto deve ser suficiente para incitar os esforços por dominá-la. O espírita, aliás, é incitado por outro motivo: o de que ela é contraria à caridade e á humildade cristã.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
terça-feira, 21 de maio de 2013
Obediência e Resignação
A doutrina de Jesus ensina sempre a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão: a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair. O poltrão não pode ser resignado, assim como o orgulho e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes desprezadas pela antiguidade materialona (materialista). Chegou no momento em que a sociedade romana perecia nas fraquezas da corrupção, e veio fazer brilhar, no seio da humanidade abatida, os triunfos do sacrifício e da renúncia à resistência.
Cada época é assim marcada pelo cunho da virtude ou do vício que a devem salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual, seu vício é a indiferença moral. Digo somente atividade, porque o génio se eleva de súbito e descobre de relance os horizontes que a multidão só verádepois dele, enquanto a atividade é a reunião dos esforços de todos, para atingir um alvo menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos ao impulso que vimos dar aos vossos Espíritos. Obedecei à grande lei do progresso que é a palavra da vossa geração. Infeliz do Espírito preguiçoso, daquele que fecha o seu entendimento! Infeliz, porque nós, que somos os guias da humanidade em marcha, o chicotearemos, e forçaremos a sua vontade rebelde, com o duplo esforço do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas bem-aventurados os que são mansos, porque darão ouvidos dóceis aos ensinamentos.
Texto retirado do Livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Cada época é assim marcada pelo cunho da virtude ou do vício que a devem salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual, seu vício é a indiferença moral. Digo somente atividade, porque o génio se eleva de súbito e descobre de relance os horizontes que a multidão só verádepois dele, enquanto a atividade é a reunião dos esforços de todos, para atingir um alvo menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos ao impulso que vimos dar aos vossos Espíritos. Obedecei à grande lei do progresso que é a palavra da vossa geração. Infeliz do Espírito preguiçoso, daquele que fecha o seu entendimento! Infeliz, porque nós, que somos os guias da humanidade em marcha, o chicotearemos, e forçaremos a sua vontade rebelde, com o duplo esforço do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas bem-aventurados os que são mansos, porque darão ouvidos dóceis aos ensinamentos.
Texto retirado do Livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
segunda-feira, 20 de maio de 2013
A paciência
A dor é uma bênção que Deus, envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo-poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede pacientes, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei da caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensação que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinha de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos: estas palavra resume tudo.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Sede pacientes, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei da caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensação que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinha de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos: estas palavra resume tudo.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Hipocrisia
A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso esterno, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contando que ninguém as moleste mas que mordem a menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.
A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: "Aqui eu mando e sou obedecido", sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: "E sou detestado".
Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente.É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se pode enganar os homens pelas aparências, não pode enganar o Deus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: "Aqui eu mando e sou obedecido", sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: "E sou detestado".
Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente.É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se pode enganar os homens pelas aparências, não pode enganar o Deus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Quem possuirá a Terra?
Mas o que dizia Jesus por estas palavras: "Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra."? Não ensinou ele a renúncia aos bens terrenos, prometendo os do céu?
Ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver. O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que os primeiros.
Por essas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos. Que a estes falta frequentemente a necessário, enquanto os outros dispõem do supérfluo. E promete que justiça lhes será feita, assim na terra como no céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e violento. Será esse o estado da Terra, quando segundo a lei de progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver. O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que os primeiros.
Por essas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos. Que a estes falta frequentemente a necessário, enquanto os outros dispõem do supérfluo. E promete que justiça lhes será feita, assim na terra como no céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e violento. Será esse o estado da Terra, quando segundo a lei de progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Bem-Aventurados
"Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão à Terra."
Mateus, V: 4
"Bem.aventurados os mansos, porque serão chamados filhos de Deus."
Mateus, V: 9
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás, e quem matar será réu no juízo. Pois eu vos digo que todo o que se ira contra o seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: raca, será réu no conselho; e o que disser; és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno.
Mateus, V 21-22
Por estas máximas, Jesus estabeleceu com lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. E, por consequência, condeno a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os semelhantes. Raca era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado. E Jesus vai ainda mais longe, pois ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta. Mas por que uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os homens, mantendo a união e a concórdia. É um atentado à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade. Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a primeira lei de todo cristão.
Texto retirado do livro "O Evangelho segundo o espiritismo" de Allan Kardec
Mateus, V: 4
"Bem.aventurados os mansos, porque serão chamados filhos de Deus."
Mateus, V: 9
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás, e quem matar será réu no juízo. Pois eu vos digo que todo o que se ira contra o seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: raca, será réu no conselho; e o que disser; és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno.
Mateus, V 21-22
Por estas máximas, Jesus estabeleceu com lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. E, por consequência, condeno a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os semelhantes. Raca era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado. E Jesus vai ainda mais longe, pois ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta. Mas por que uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os homens, mantendo a união e a concórdia. É um atentado à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade. Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a primeira lei de todo cristão.
Texto retirado do livro "O Evangelho segundo o espiritismo" de Allan Kardec
domingo, 12 de maio de 2013
Espera e tem Coragem
E agora algumas palavras para ti, minha pobre sofredora: espera e tem coragem! Se eu te dissesse: Minha filha, teus olhos vão abrir-se, como ficarias alegre! E quem sabe se esta alegria não te perderia? Tem confiança no bom Deus, que fez a felicidade e permite a tristeza! Farei tudo o que me for permitido em teu favor; mas, por tua vez, ora, e sobretudo, pensa em tudo o que venho de dizer-te.
Antes de me afastar, vós todos, que estais aqui, recebei a minha bênção.
Nota:
Quando uma aflição não é a consequência dos atos da vida presente, é necessário procurar a sua causa numa vida anterior. Isso que chamamos caprichos da sorte nada mais são que os efeitos da justiça de Deus. Ele não aplica punições arbitrárias, pois quer sempre que entre a falta e a pena exista correlação. Se, na sua bondade, lança um véu sobre os nossos atos passados, entretanto nos aponta o caminho, ao dizer: Quem matou pela espada, pela espada perecerá, palavras que podemos traduzir assim: "Somos sempre punidos naquilo em que pecamos". Se, pois, alguém é afligido perda da visão, é que a vista foi para ele uma causa de queda. Talvez também tenha sido causa de perda da vista para outro; pode ter ficado cego excesso de trabalho que lhe impôs, ou ainda em consequência de maus tratos, de falta de cuidados, etc..., e então sofre agora a pena de talião. Ele mesmo, no seu arrependimento, pode ter escolhido esta expiação, aplicando a si próprio estas palavras de Jesus: "Se vosso olho for motivo de escândalo, arrancai-o".
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Antes de me afastar, vós todos, que estais aqui, recebei a minha bênção.
Nota:
Quando uma aflição não é a consequência dos atos da vida presente, é necessário procurar a sua causa numa vida anterior. Isso que chamamos caprichos da sorte nada mais são que os efeitos da justiça de Deus. Ele não aplica punições arbitrárias, pois quer sempre que entre a falta e a pena exista correlação. Se, na sua bondade, lança um véu sobre os nossos atos passados, entretanto nos aponta o caminho, ao dizer: Quem matou pela espada, pela espada perecerá, palavras que podemos traduzir assim: "Somos sempre punidos naquilo em que pecamos". Se, pois, alguém é afligido perda da visão, é que a vista foi para ele uma causa de queda. Talvez também tenha sido causa de perda da vista para outro; pode ter ficado cego excesso de trabalho que lhe impôs, ou ainda em consequência de maus tratos, de falta de cuidados, etc..., e então sofre agora a pena de talião. Ele mesmo, no seu arrependimento, pode ter escolhido esta expiação, aplicando a si próprio estas palavras de Jesus: "Se vosso olho for motivo de escândalo, arrancai-o".
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Verdade sobre Cegueira
Meus bons amigos, por que me chamastes? Para que eu imponha as mãos sobre esta pobre sofredora que está aqui, e a cure? Ah, que sofrimento, bom Deus! Perdeu a vista, e as trevas se fizeram para ela. Pobre criança! Que ore e espere. Eu não sei fazer milagres, sem a vontade do bom Deus. Todas as curas que obtive, e que conheceis, não as atribuais senão Àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas aflições, voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: "Meu Pai, curai-me, mas fazei que a minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criaste." Após esta prece, meus bons amigos, que o bom Deus sempre ouvirá, a força e a coragem vos serão dadas, e talvez também a cura que temerosa mente pedistes, como recompensa da vossa abnegação.
Mas desde que aqui me encontro, numa assembleia em que se trata sobretudo de estudar, eu vos direi que os que estão privados da vista deviam considerar-se como os bem-aventurados da expiação. Lembrai-vos de que Cristo disse que era necessário arrancar o vosso olho, se ele fosse mau, e que mais valia atirá-lo ao fogo que ser a causa da vossa perdição. Ah!, quantos existem sobre a Terra que um dia maldirão, nas trevas, por terem visto a luz! Oh!, sim, como são felizes os que na expiação, foram punidos pelos olhos! Seu alho não será causa de escândalo e de queda, e eles podem viver completamente a vida das almas, podem ver mais do que vós que tendes boa visão. Quando Deus me permite abrir as pálpebras de algum desses pobres sofredores e devolve-lo à luz, digo a mim mesmo: Alma querida, por que não conheces toda as delícias do Espírito, que vive de contemplação e de amor? Então não poderíeis para ver as imagens menos puras e menos suaves, que aqueles que podes entrever na tua cegueira.
Oh, sim, bem-aventurado o cego que quer viver com Deus! Mais feliz do que vós estais aqui, (à ler) ele sente a felicidade, pode tocá-la, vê as almas e pode lançar-se com elas nas esferas espirituais, que nem mesmo os predestinados da vossa Terra conseguem ver. O olho aberto está sempre pronto a fazer a alma cair; o olho fechado, pelo contrário, está sempre pronto a fazê-la subir até Deus. Crede-me, meus bons e queridos amigos, a cegueira dos olhos é quase sempre a verdadeira luz do coração, enquanto a vista é quase sempre o anjo tenebroso que conduz à morte.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Mas desde que aqui me encontro, numa assembleia em que se trata sobretudo de estudar, eu vos direi que os que estão privados da vista deviam considerar-se como os bem-aventurados da expiação. Lembrai-vos de que Cristo disse que era necessário arrancar o vosso olho, se ele fosse mau, e que mais valia atirá-lo ao fogo que ser a causa da vossa perdição. Ah!, quantos existem sobre a Terra que um dia maldirão, nas trevas, por terem visto a luz! Oh!, sim, como são felizes os que na expiação, foram punidos pelos olhos! Seu alho não será causa de escândalo e de queda, e eles podem viver completamente a vida das almas, podem ver mais do que vós que tendes boa visão. Quando Deus me permite abrir as pálpebras de algum desses pobres sofredores e devolve-lo à luz, digo a mim mesmo: Alma querida, por que não conheces toda as delícias do Espírito, que vive de contemplação e de amor? Então não poderíeis para ver as imagens menos puras e menos suaves, que aqueles que podes entrever na tua cegueira.
Oh, sim, bem-aventurado o cego que quer viver com Deus! Mais feliz do que vós estais aqui, (à ler) ele sente a felicidade, pode tocá-la, vê as almas e pode lançar-se com elas nas esferas espirituais, que nem mesmo os predestinados da vossa Terra conseguem ver. O olho aberto está sempre pronto a fazer a alma cair; o olho fechado, pelo contrário, está sempre pronto a fazê-la subir até Deus. Crede-me, meus bons e queridos amigos, a cegueira dos olhos é quase sempre a verdadeira luz do coração, enquanto a vista é quase sempre o anjo tenebroso que conduz à morte.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Vinde à Mim...
Deixai vir a mim os pequeninos, pois tenho o alimento que fortifica os fracos. Deixa vir a mim os tímidos e os débeis, que necessitam de amparo e consolo. Deixai vir a mim os ignorantes que eu os ilumine. Deixai vir a mim todos os sofredores, a multidão dos aflitos e dos infelizes, e eu lhes darei o grande remédio para os males da vida, revelando-lhes o segredo da cura de suas feridas. Qual é, meus amigos, esse balsamo poderoso, de tamanha virtude, que se aplica a todas as chagas do coração e as curas? é o amor, é a caridade! Se tiverdes esse fogo divino, o que havereis de temer? A todos os instantes da vossas vida direis: "Meu Pai, que se faça a tua vontade e não a minha! Se te apraz experimentar-me pelo dor e pelas tribulações, bendito seja! Porque é para o meu bem, eu sei, que a tua mão pesa sobre mim. Se te agrada, Senhor, apiedar-te de tua frágil criatura, dar-lhe ao coração as alegrias puras, bendito sejais também! Mas fazei que o amor divino não se amorteça na sua alma, e que incessantemente suba aos teus pés a sua prece de gratidão."
Se tiverdes amor, tendes tudo o que mais se pode desejar na Terra, pois tereis a pérola sublime, que nem as mais diversas circunstâncias, nem os malefícos dos que vos odeiam e perseguem, poderão jamais arrebatar. Se tiverdes amor, tereis colocado o vosso tesouro onde nem a traça nem a ferrugem os devoram, e vereis desaparecer insensivelmente da vossa alma tudo o que lhe possa manchar a pureza. Dia a dia sentireis que o fardo da matéria se torna mais leve. E, como um pássaro que voa nos ares e não se lembra da Terra, subireis incessantemente, subires sempre, até que a vossa alma, inebriada, se impregne da verdadeira vida, no seio do Senhor!
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Se tiverdes amor, tendes tudo o que mais se pode desejar na Terra, pois tereis a pérola sublime, que nem as mais diversas circunstâncias, nem os malefícos dos que vos odeiam e perseguem, poderão jamais arrebatar. Se tiverdes amor, tereis colocado o vosso tesouro onde nem a traça nem a ferrugem os devoram, e vereis desaparecer insensivelmente da vossa alma tudo o que lhe possa manchar a pureza. Dia a dia sentireis que o fardo da matéria se torna mais leve. E, como um pássaro que voa nos ares e não se lembra da Terra, subireis incessantemente, subires sempre, até que a vossa alma, inebriada, se impregne da verdadeira vida, no seio do Senhor!
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Deixai vir a mim os pequeninos
Disse o Cristo: " Deixai vir a mim os pequeninos." Essas palavras, tão profundas na sua simplicidade, não fazem apenas um apelo às crianças, mas também ás almas que gravitam nos círculos inferiores, onde a desgraça desconhece a esperança. Jesus chama a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravos, os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física na matéria, sujeita ao julgo dos instintos, e ainda não integrada na ordem superior da razão e da vontade, que se exercem em torno dela e em seu benefício.
Jesus queria que os homens se entregassem a ele com a confiança desses pequenos seres de passos vacilantes, cujo apelo lhe conquistaria o coração das mulheres, que são todas mães. Assim, Ele submetia as almas à sua terna e misteriosa autoridade. Ele foi a flama que espantou as trevas, o clarim matinal que tocou a alvorada. Foi o indicador do Espiritismo, que deve por sua vez, chamar a si, não as crianças, mas os homens de boa-vontade. A ação viril está iniciada: não se trata mais de crer instintivamente e obedecer de maneira mecânica; é necessário que o homem siga a lei inteligente, que lhe revela a sua universalidade.
Meus bem-amados, eis chegado os tempos em que os erros explicados se transformarão em verdades. Nós vos ensinamos o verdadeiro sentido das parábolas. Nós vos mostraremos a correlação poderosa, que liga o que foi ao que é. Eu vos digo, em verdade: a manifestação espírita se eleva no horizonte, e eis aqui o seu enviado, que vai resplandecer como o sol sobre o cume dos montes.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Jesus queria que os homens se entregassem a ele com a confiança desses pequenos seres de passos vacilantes, cujo apelo lhe conquistaria o coração das mulheres, que são todas mães. Assim, Ele submetia as almas à sua terna e misteriosa autoridade. Ele foi a flama que espantou as trevas, o clarim matinal que tocou a alvorada. Foi o indicador do Espiritismo, que deve por sua vez, chamar a si, não as crianças, mas os homens de boa-vontade. A ação viril está iniciada: não se trata mais de crer instintivamente e obedecer de maneira mecânica; é necessário que o homem siga a lei inteligente, que lhe revela a sua universalidade.
Meus bem-amados, eis chegado os tempos em que os erros explicados se transformarão em verdades. Nós vos ensinamos o verdadeiro sentido das parábolas. Nós vos mostraremos a correlação poderosa, que liga o que foi ao que é. Eu vos digo, em verdade: a manifestação espírita se eleva no horizonte, e eis aqui o seu enviado, que vai resplandecer como o sol sobre o cume dos montes.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
terça-feira, 7 de maio de 2013
Cortar a mão fora...
Se a tua mão te serve de causa de escândalo, corta-a: figura enérgica, que seria absurdo tomar-se ao pé da letra, e que significa simplesmente a necessidade de destruirmos em nós todas as causas de escândalo, ou seja, do mal. É necessário arrancar do coração todo sentimento impuro e toda tendência viciosa. Quer dizer ainda que mais vale para o homem ter a mão cortada, do que esta ser para ele o instrumento de uma ação má; ser privado da vista, do que os seus olhos lhe servirem para maus pensamentos. Jesus nada disse de absurdo, para quem souber compreender o sentido alegórico e profundo das suas palavras; mas muitas coisas não podem ser compreendidas sem a chave oferecida pelo Espiritismo.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Mal Necessário
Se assim é, dir-se-á, o mal é necessário e durará sempre, pois se viesse a desaparecer, Deus ficaria privado de um poderoso meio de castigar os culpados. É inútil, portanto, procurar melhorar os homens. Mas, se não houvesse culpados, não haveria necessidade de castigos. Suponhamos a humanidade transformada numa comunhão de homens de bem: nenhum procuraria fazer mal ao próximo, e todos seriam felizes, porque seriam bons. Tal é o estado dos mundos adiantados, dos quais o mal foi excluido. Tal será o estado da Terra, quando houver progredido suficientemente. Mas enquanto certos mundos avançam, outros se formam, povoados, por Espíritos primitivos, e que servem ainda de morada, de exílio e de luar de expiação para os Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, rejeitados pelos mundos que se tornam felizes.
Mas ai daquele por quem vem o escândalo: quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que serviu, sem o saber, de instrumento para a justiça divina, sendo utilizados os seus maus instintos, nem por isso deixou de fazer o mal, e deve ser punido. É assim, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que o suporta, porque esse pai talvez tenha sido um mau filho, que fez sofrer o seu pai, e agora sofre a pena de talião. Mas o filho não terá desculpas por isso, e deverá ser castigado por sua vez, através dos seus próprios filhos ou de outra maneira.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismos" de Allan Kardec
Mas ai daquele por quem vem o escândalo: quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que serviu, sem o saber, de instrumento para a justiça divina, sendo utilizados os seus maus instintos, nem por isso deixou de fazer o mal, e deve ser punido. É assim, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que o suporta, porque esse pai talvez tenha sido um mau filho, que fez sofrer o seu pai, e agora sofre a pena de talião. Mas o filho não terá desculpas por isso, e deverá ser castigado por sua vez, através dos seus próprios filhos ou de outra maneira.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismos" de Allan Kardec
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Escândalos no Mundo
É necessário que sucedam escândalos no mundo, disse Jesus, porque os homens, sendo ainda imperfeitos, têm inclinação para o mal, e porque as más árvores dão maus frutos. Devemos, pois, entender, por essas palavras, que o mal é uma consequência da imperfeição humana, e não que os homens tenham obrigação de praticá-lo.
É necessário que venha o escândalo, para que os homens, em expiação na Terra, se punam a si mesmos, pelo contacto de seus próprios vícios, dos quais são as primeiras vítimas, e cujo inconvenientes acabam por compreender. Depois que tiverem sofrido o mal, procurarão o remédio no bem. A reacção desses vícios servem, portanto, ao mesmo tempo de castigo para uns e de prova para outros. É assim que Deus faz sair o bem do mal, que os próprios homens aproveitam as coisas más ou desagradáveis.
Se assim é, dir-se-á, o mal é necessário e durará sempre, pois se viesse a desaparecer, Deus ficaria privado de um poderoso meio de castigar os culpados. É inútil, portanto, procurar melhorar os homens. Mas, se não houvesse culpados, não haveria necessidade de castigos. Suponhamos a humanidade transformada numa comunhão de homens de bem: nenhum procuraria fazer mal ao próximo, e todos seriam felizes, porque seriam bons. Tal é o estado dos mundos adiantados, dos quais o mal foi excluído. Tal será o estado da Terra, quando houver progredido suficientemente. Mas enquanto certos mundos avançam, outros, se formam, povoados por Espíritos primitivos, e que servem ainda de moradia, de exílio e de lugar de expiação para os Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, rejeitados pelo mundo que se tornam felizes.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
É necessário que venha o escândalo, para que os homens, em expiação na Terra, se punam a si mesmos, pelo contacto de seus próprios vícios, dos quais são as primeiras vítimas, e cujo inconvenientes acabam por compreender. Depois que tiverem sofrido o mal, procurarão o remédio no bem. A reacção desses vícios servem, portanto, ao mesmo tempo de castigo para uns e de prova para outros. É assim que Deus faz sair o bem do mal, que os próprios homens aproveitam as coisas más ou desagradáveis.
Se assim é, dir-se-á, o mal é necessário e durará sempre, pois se viesse a desaparecer, Deus ficaria privado de um poderoso meio de castigar os culpados. É inútil, portanto, procurar melhorar os homens. Mas, se não houvesse culpados, não haveria necessidade de castigos. Suponhamos a humanidade transformada numa comunhão de homens de bem: nenhum procuraria fazer mal ao próximo, e todos seriam felizes, porque seriam bons. Tal é o estado dos mundos adiantados, dos quais o mal foi excluído. Tal será o estado da Terra, quando houver progredido suficientemente. Mas enquanto certos mundos avançam, outros, se formam, povoados por Espíritos primitivos, e que servem ainda de moradia, de exílio e de lugar de expiação para os Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, rejeitados pelo mundo que se tornam felizes.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
domingo, 28 de abril de 2013
Escandalizar
O que escandalizar, porém, a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de atafona, e o lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo. Ora, se a tua mão, ou o teu pé, te escandaliza, corta-o e lança-o fora de ti. Melhor te é entrar na vida manco o aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado ao fogo eterno. E se o teu olho te escandaliza, tira-o, e lança-o fora de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois, ser lançado no fogo do inferno. Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos declaro que os seus anjos do céu incessantemente estão vendo a face de meu Pai, que está nos céus. Porque o Filho do Homem veio a salvar o que havia perecido.
Mateus, XVII: 6-11
Em sentido vulgar, escândalo é tudo aquilo que choca a moral ou as conveniências, de maneira ostensiva. O escândalo não está propriamente na ação, mas nas repercussões que ela pode ter. A palavra escândalo implica sempre a ideia de um certo estrépito. Muitas pessoas se contentam com evitar o escândalo, porque o seu orgulho sofreria com ele e a sua consideração diminuiria entre os homens, procurando ocultar as suas torpezas, o que lhes basta para tranquilizar a consciência. Esses são, segundo as palavras de Jesus: " sepulcros brancos por fora, mas cheios de podridão por dentro; vosso limpos por fora, mas sujos por dentro."
No sentido evangélico, a acepção da palavra escândalo, tão frequentemente empregado, é muito mais ampla, motivo por que não é compreendida em certos casos. Escândalo não é somente o que choca a consciência alheia, mas tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, todas as más ações de indivíduo para indivíduo, com ou sem repercussões. O escândalo, nesse caso, é o resultado efetivo do mal moral.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Mateus, XVII: 6-11
Em sentido vulgar, escândalo é tudo aquilo que choca a moral ou as conveniências, de maneira ostensiva. O escândalo não está propriamente na ação, mas nas repercussões que ela pode ter. A palavra escândalo implica sempre a ideia de um certo estrépito. Muitas pessoas se contentam com evitar o escândalo, porque o seu orgulho sofreria com ele e a sua consideração diminuiria entre os homens, procurando ocultar as suas torpezas, o que lhes basta para tranquilizar a consciência. Esses são, segundo as palavras de Jesus: " sepulcros brancos por fora, mas cheios de podridão por dentro; vosso limpos por fora, mas sujos por dentro."
No sentido evangélico, a acepção da palavra escândalo, tão frequentemente empregado, é muito mais ampla, motivo por que não é compreendida em certos casos. Escândalo não é somente o que choca a consciência alheia, mas tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, todas as más ações de indivíduo para indivíduo, com ou sem repercussões. O escândalo, nesse caso, é o resultado efetivo do mal moral.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Lavar de Mãos
"Enquanto Jesus estava falando, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar com ele, e havendo entretanto, sentou-se à mesa. E o fariseu começou a discordar lá consigo mesmo sobre o motivo por que não se tinha lavado antes de comer. E o Senhor lhe disse: Agora vós outros, os fariseus, limpais o que está por fora do corpo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade, Néscios, quem fez tudo o que está de fora não fez também o que está de dentro?
Lucas, XI: 37-40
Os Judeus haviam negligenciando os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se à pratica de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer, sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que reformar-se moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes, ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: " É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens."
Assim também aconteceu com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser deixada em segundo plano, o que faz que muitos cristãos, à semelhança dos antigos judeus, creiam que a sua salvação está mais assegurada pelas práticas exteriores do que pelas da moral. É a esses acréscimos que os homens fizeram à lei de Deus, que Jesus se refere, quando diz: "Toda a planta que meu Pai não plantou, será arrancada pela raiz."
A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem não chega a Deus, enquanto não se fizer perfeito. Toda a religião portanto, que não melhorar o homem, não atinge a sua finalidade. Aquele em que ele pensa poder apoia-se para fazer o mal. é falsa ou foi falseada no seu início. Esse é o resultado a que chegaram todas aquelas em que a forma supera o fundo. A crença na eficácia dos símbolos exteriores é nula, quando não impede os assassínios, os adultérios, as espoliações, as calúnias, e a prática do mal ao próximo, seja qual for. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.
Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Lucas, XI: 37-40
Os Judeus haviam negligenciando os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se à pratica de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer, sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que reformar-se moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes, ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: " É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens."
Assim também aconteceu com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser deixada em segundo plano, o que faz que muitos cristãos, à semelhança dos antigos judeus, creiam que a sua salvação está mais assegurada pelas práticas exteriores do que pelas da moral. É a esses acréscimos que os homens fizeram à lei de Deus, que Jesus se refere, quando diz: "Toda a planta que meu Pai não plantou, será arrancada pela raiz."
A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem não chega a Deus, enquanto não se fizer perfeito. Toda a religião portanto, que não melhorar o homem, não atinge a sua finalidade. Aquele em que ele pensa poder apoia-se para fazer o mal. é falsa ou foi falseada no seu início. Esse é o resultado a que chegaram todas aquelas em que a forma supera o fundo. A crença na eficácia dos símbolos exteriores é nula, quando não impede os assassínios, os adultérios, as espoliações, as calúnias, e a prática do mal ao próximo, seja qual for. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.
Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Pensamentos e Atos
Aquele que, pelo contrário, não tomou boas resoluções, ainda busca a ocasião de praticar o mau ato, e se não o fizer, não será por não querer, mas apenas por falta de circunstâncias favoráveis. Ela é, portanto, tão culpada, como se o houvesse praticado.
Em resumo: a pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o processo; aquela que ainda tem esse pensamento, mas o repele, está em vias de realizá-lo: e, por fim, aquele que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal. Numa, o trabalho está feito; nas outros, está por fazer. Deus, que é justo, leva em conta todas essas diferenças, na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.
Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Em resumo: a pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o processo; aquela que ainda tem esse pensamento, mas o repele, está em vias de realizá-lo: e, por fim, aquele que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal. Numa, o trabalho está feito; nas outros, está por fazer. Deus, que é justo, leva em conta todas essas diferenças, na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.
Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
terça-feira, 23 de abril de 2013
Adultério, Vitória.
Ouvistes que foi dito aos amigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela.
Mateus, V: 27-28
A palavra adultério não deve ser aqui entendida no sentido exclusivo de sua acepção própria, mas com sentido mais amplo. Jesus a empregou frequentemente por extensão, para designar o mal, o pecado, e todos os maus pensamentos, como, por exemplo, nesta passagem: "Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, acompanhado dos santos anjos."
Marcos: VIII: 38
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer, condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.
Este princípio leva-nos naturalmente a esta questão: Sofrem-se as consequências de um mau pensamento que não se efetuou?
Temos de fazer aqui uma importante distinção. À medida que a alma, comprometida no mau caminho, avança na vida espiritual, vai-se esclarecendo, e pouco a pouca se liberta de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa-vontade que emprega, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo mau pensamento é portanto, o resultado da imperfeição da alma. Mas, de acordo com o desejo que tiver de se purificar, até mesmo esse mau pensamento se torna para ela um motivo de progresso, porque o repele com energia. É o sinal de uma mancha que ela se esforça por apagar. Assim, não cederá à tentação de satisfazer um mau desejo, e após haver resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Mateus, V: 27-28
A palavra adultério não deve ser aqui entendida no sentido exclusivo de sua acepção própria, mas com sentido mais amplo. Jesus a empregou frequentemente por extensão, para designar o mal, o pecado, e todos os maus pensamentos, como, por exemplo, nesta passagem: "Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, acompanhado dos santos anjos."
Marcos: VIII: 38
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer, condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.
Este princípio leva-nos naturalmente a esta questão: Sofrem-se as consequências de um mau pensamento que não se efetuou?
Temos de fazer aqui uma importante distinção. À medida que a alma, comprometida no mau caminho, avança na vida espiritual, vai-se esclarecendo, e pouco a pouca se liberta de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa-vontade que emprega, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo mau pensamento é portanto, o resultado da imperfeição da alma. Mas, de acordo com o desejo que tiver de se purificar, até mesmo esse mau pensamento se torna para ela um motivo de progresso, porque o repele com energia. É o sinal de uma mancha que ela se esforça por apagar. Assim, não cederá à tentação de satisfazer um mau desejo, e após haver resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Humilde como uma Criança.
Mas se o Espírito da criança já viveu, por que não se apresenta, ao nascer, como ele é?
Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados delicados, que só a ternura materna lhe pode dispensar, e essa ternura aumenta, diante da fragilidade e da ingenuidade da criança. Para a mãe, seu filho é sempre um anjo, e é necessário que assim seja, para lhe cativar a solicitude. Ela não poderia tratá-lo com a mesma abnegação, se em vez da graça ingénua, nele encontrasse, sob os traços infantis, um carácter e as ideias de um adulto: e menos ainda, se conhecesse o seu passado.
É necessário, aliás que a atividade do princípio inteligente seja proporcional à debilidade do corpo, que não poderia resistir a uma atividade excessiva do Espírito, com verificamos nas crianças precoces. É por isso que, aproximando-se a encarnação, o Espírito começa a perturbar-se e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo. Durante certo período, ele permanece numa espécie de sono, em que todas as suas faculdades se conservam em estado latente. Esse estado transitório é necessário, para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, e por isso o faz esquecer, na sua nova existência terrena, tudo o que lhe pudesse servir de estorvo. Seu passado, entretanto, reage sobre ele, que renasce para uma vida maior, moral e intelectualmente mais forte, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas ideias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo. Pode-se assim dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é realmente criança, pois as ideias que formam o fundo do seu carácter estão ainda adormecidas. Durante o tempo em que os seus instintos permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso mesmo mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que facilita a tarefa dos pais.
O Espírito reveste, pois, por algum tempo, a roupagem da inocência. E Jesus está com a verdade, quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados delicados, que só a ternura materna lhe pode dispensar, e essa ternura aumenta, diante da fragilidade e da ingenuidade da criança. Para a mãe, seu filho é sempre um anjo, e é necessário que assim seja, para lhe cativar a solicitude. Ela não poderia tratá-lo com a mesma abnegação, se em vez da graça ingénua, nele encontrasse, sob os traços infantis, um carácter e as ideias de um adulto: e menos ainda, se conhecesse o seu passado.
É necessário, aliás que a atividade do princípio inteligente seja proporcional à debilidade do corpo, que não poderia resistir a uma atividade excessiva do Espírito, com verificamos nas crianças precoces. É por isso que, aproximando-se a encarnação, o Espírito começa a perturbar-se e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo. Durante certo período, ele permanece numa espécie de sono, em que todas as suas faculdades se conservam em estado latente. Esse estado transitório é necessário, para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, e por isso o faz esquecer, na sua nova existência terrena, tudo o que lhe pudesse servir de estorvo. Seu passado, entretanto, reage sobre ele, que renasce para uma vida maior, moral e intelectualmente mais forte, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas ideias retomam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo. Pode-se assim dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é realmente criança, pois as ideias que formam o fundo do seu carácter estão ainda adormecidas. Durante o tempo em que os seus instintos permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso mesmo mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que facilita a tarefa dos pais.
O Espírito reveste, pois, por algum tempo, a roupagem da inocência. E Jesus está com a verdade, quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
domingo, 21 de abril de 2013
Puros de Coração
Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.
Mateus, V 8;
Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas, os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, Jesus, levo-o a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daquele que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava.
Marcos, X: 13-16
A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis por que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
Esta comparação poderia não parecer justa, se considerarmos que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Não obstante, ela é exata do ponto de vista da vida presente. Porque a criança, não tendo tempo ainda podido manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência a da criatura. Aliás, Jesus não diz de maneira absoluta que o Reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Mateus, V 8;
Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas, os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, Jesus, levo-o a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daquele que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava.
Marcos, X: 13-16
A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis por que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
Esta comparação poderia não parecer justa, se considerarmos que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Não obstante, ela é exata do ponto de vista da vida presente. Porque a criança, não tendo tempo ainda podido manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência a da criatura. Aliás, Jesus não diz de maneira absoluta que o Reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Homem Inteligênte
Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais uma das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer. Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento como o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus. A natureza do instrumento não indica o uso que ele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos da seu ajudante não indica que ele deva cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Direis que isso é horroroso e que ele deve expulso. Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a ideia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvides, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante d`Aquele a quem tudo deve.
A inteligência é rica em mérito para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade. Muitos infelizmente, a transformar em instrumentos de orgulho e de perdição para si mesmo. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesmo lhe deu.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
A inteligência é rica em mérito para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade. Muitos infelizmente, a transformar em instrumentos de orgulho e de perdição para si mesmo. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesmo lhe deu.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sábado, 20 de abril de 2013
Decadênci Moral
Não esqueçais que um tal estado de coisas é sempre o sinal da decadência moral. Quando o orgulho atinge o seu extremo é indício de uma próxima queda, pois Deus pune sempre os soberbos. Se às vezes os deixa subir, é para lhes dar tempo de refletir e de emendar-se, sob os golpes que, de tempos a tempos, desfere no sue orgulho como advertência. Entretanto, em vez de se humilharem, eles se revoltam. Então, quando a medida está cheia, Ele a vira de repente, e a queda é tanto mais terrível, quanto mais alto tiverem se elevado.
Pobre raça humana, cujos caminhos foram todos corrompidos pelo egoísmo, reanimai-vos, apesar disso! N sua infinita misericórdia, Deus envia um poderoso remédio aos teus males, um socorro inesperado à tua aflição. Abre os olhos à luz: eis que as almas dos que se foram estão de volta, para te recordar os verdadeiros deveres. Elas te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são pequeninas diante da eternidade. Dirão que, nesta será maior o que foi menor entre os pequenos deste mundo; que o que mais amou os seus irmãos será o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da autoridade, serão obrigados a obedecer aos seus servos; que a caridade e a humildade, enfim, essas duas irmãs que se dão as mãos, são os títulos mais eficazes para obter-se a graça do Eterno.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Pobre raça humana, cujos caminhos foram todos corrompidos pelo egoísmo, reanimai-vos, apesar disso! N sua infinita misericórdia, Deus envia um poderoso remédio aos teus males, um socorro inesperado à tua aflição. Abre os olhos à luz: eis que as almas dos que se foram estão de volta, para te recordar os verdadeiros deveres. Elas te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são pequeninas diante da eternidade. Dirão que, nesta será maior o que foi menor entre os pequenos deste mundo; que o que mais amou os seus irmãos será o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da autoridade, serão obrigados a obedecer aos seus servos; que a caridade e a humildade, enfim, essas duas irmãs que se dão as mãos, são os títulos mais eficazes para obter-se a graça do Eterno.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Lamentações
Homens, por que lamentais as calunias que vós mesmos amontoastes sobre a vossa cabeça? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo: não vos admireis de que a taça da iniquidade tenha transbordado por toda a parte.
O mal-estar se torna geral. A quem se deve, se não a vós mesmos, que incessantemente procurais aniquilar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência, e como poderá esta existir juntamente com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Dedicai-vos, pois, à tarefa de destruí-lo, se não quiserdes perpetuar as suas funestas consequências. Um só meio tendes para isso, mas infalível: tomai a lei do Cristo por regra invariável de vossa conduta, essa lei que haveis rejeitado na sua interpretação.
Porque tendes em tão grande estima o que brilha e encanta os vossos olhos, em lugar do que vos toca o coração? Por que o vício que se desenvolve na opulência é o objeto da vossa reverência, enquanto só tendes um olhar de desdém para o verdadeiro mérito, que se oculta na obscuridade? Que um rico libertino, perdido de corpo e alma se apresente em qualquer lugar, e todas as portas lhe são abertas, todas as honras lhe são dispensadas, enquanto dificilmente se concede um gesto de proteção ao homem de bem que vive do seu trabalho. Quando a consideração que se dispensa às pessoas é medida pelo peso de ouro que elas possuem, ou pelo nome que trazem, que interesse podem ter elas em se corrigirem de seus defeitos?
Bem diferente seria, entretanto, se o vício doirado fosse fustigado pela opinião pública, como o é o vício andrajoso. Mas o orgulho é indulgente para tudo quanto o agrada. Século de concupiscência e de dinheiro, dizeis vós. Sem dúvida; mas por que deixastes as necessidades materiais se sobreporem ao bom-senso e à razão? Por que cada qual deseja se elevar sobre seu irmão? Agora, a sociedade sofre as consequências.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
O mal-estar se torna geral. A quem se deve, se não a vós mesmos, que incessantemente procurais aniquilar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência, e como poderá esta existir juntamente com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Dedicai-vos, pois, à tarefa de destruí-lo, se não quiserdes perpetuar as suas funestas consequências. Um só meio tendes para isso, mas infalível: tomai a lei do Cristo por regra invariável de vossa conduta, essa lei que haveis rejeitado na sua interpretação.
Porque tendes em tão grande estima o que brilha e encanta os vossos olhos, em lugar do que vos toca o coração? Por que o vício que se desenvolve na opulência é o objeto da vossa reverência, enquanto só tendes um olhar de desdém para o verdadeiro mérito, que se oculta na obscuridade? Que um rico libertino, perdido de corpo e alma se apresente em qualquer lugar, e todas as portas lhe são abertas, todas as honras lhe são dispensadas, enquanto dificilmente se concede um gesto de proteção ao homem de bem que vive do seu trabalho. Quando a consideração que se dispensa às pessoas é medida pelo peso de ouro que elas possuem, ou pelo nome que trazem, que interesse podem ter elas em se corrigirem de seus defeitos?
Bem diferente seria, entretanto, se o vício doirado fosse fustigado pela opinião pública, como o é o vício andrajoso. Mas o orgulho é indulgente para tudo quanto o agrada. Século de concupiscência e de dinheiro, dizeis vós. Sem dúvida; mas por que deixastes as necessidades materiais se sobreporem ao bom-senso e à razão? Por que cada qual deseja se elevar sobre seu irmão? Agora, a sociedade sofre as consequências.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Será preciso Cristo voltar?
Oh, meu Deus, será preciso que Cristo volte novamente à Terra, para ensinar aos homens as Tuas leis, que eles esqueceram? Deverá ele ainda expulsar os vendilhões do templo, que maculam tua casa, esse recinto de orações? E, quem sabe? Oh, homens, se eu vos concedesse essa graça, se não o renegaríeis de novo, como outrora? Se não o acusaríeis de blasfemo, por vir abater o orgulho dos fariseus modernos? Talvez, mesmo, se não o faríeis seguir de novo o caminho do Gólgota?
Quando Moisés subiu ao Mote Sinai, para receber os mandamentos da Lei de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus, Homens e mulheres entregaram suas jóias e seu ouro, para a fabricação de um ídolo que adoraram. Homens civilizados, fazei entretanto, como eles. O Cristo vos deixou a sua doutrina, vos deu o exemplo de todas as virtudes, mas abandonastes exemplos e preceitos. Cada um de e vós, carregando as suas paixões, fabricou um deus de acordo com a sua vontade: para uns terrível e sanguinário; para outros indiferente aos interesses do mundo. O deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro, que cada qual apropria aos seus gostos e às suas ideias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos Espíritos vos toque o coração. Sede generosos e caridosas, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade. Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas. Viemos preparar o caminho para o cumprimento das profecias. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais esplandescente da sua clemência, que o enviado celeste vos encontre reunidos numa grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de receber a palavra divina que Ele vos trará; que o eleito não encontre em seu caminho senão as palmas dispostas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade; e então o vosso mundo se tornará um paraíso terreno. Mas se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos, enviados para purificar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica em conhecimentos e não obstante tão pobre de bons sentimentos, ah! nada mais nos restará do que chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim não acontecerá. Voltai-vos para Deus, vosso pai, e então nós todos, que trabalhamos para o cumprimento da sua vontade, entoaremos o cântico de agradecimento ao Senhor, por sua inesgotável bondade, e para O glorificar por todos os séculos. Assim seja.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Quando Moisés subiu ao Mote Sinai, para receber os mandamentos da Lei de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus, Homens e mulheres entregaram suas jóias e seu ouro, para a fabricação de um ídolo que adoraram. Homens civilizados, fazei entretanto, como eles. O Cristo vos deixou a sua doutrina, vos deu o exemplo de todas as virtudes, mas abandonastes exemplos e preceitos. Cada um de e vós, carregando as suas paixões, fabricou um deus de acordo com a sua vontade: para uns terrível e sanguinário; para outros indiferente aos interesses do mundo. O deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro, que cada qual apropria aos seus gostos e às suas ideias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos Espíritos vos toque o coração. Sede generosos e caridosas, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade. Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas. Viemos preparar o caminho para o cumprimento das profecias. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais esplandescente da sua clemência, que o enviado celeste vos encontre reunidos numa grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de receber a palavra divina que Ele vos trará; que o eleito não encontre em seu caminho senão as palmas dispostas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade; e então o vosso mundo se tornará um paraíso terreno. Mas se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos, enviados para purificar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica em conhecimentos e não obstante tão pobre de bons sentimentos, ah! nada mais nos restará do que chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim não acontecerá. Voltai-vos para Deus, vosso pai, e então nós todos, que trabalhamos para o cumprimento da sua vontade, entoaremos o cântico de agradecimento ao Senhor, por sua inesgotável bondade, e para O glorificar por todos os séculos. Assim seja.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Para um Rico
O, rico! Enquanto dormes em teus aposentos sumptuosos ao abrigo do frio, não sabes quantos milhares de irmãos, iguais a ti, jazem na miséria? O desgraçado faminto não é teu igual? Bem sei que o teu orgulho se revolta com estas palavras. Concordarás em lhe dar uma esmola; nunca, porém, em lhe apertar francamente a mão. Que exclamará: Eu, nascido de sangue nobre, um dos grandes da Terra, ser igual a esse miserável estropeado? Vã utopia de pretensos filósofos! Se fossemos iguais porque Deus o teria colocado tão baixo e a mim tão alto? É verdade que vossas roupas não são nada iguais, mas, se vos despirdes a ambos, qual a diferença que então haverá entre vos? A nobreza do sangue dirás. Mas a química não encontrou diferenças entre o sangue do nobre e o do plebeu, entre o do senhor e o do escravo. Quem te diz que também não foste miserável como ele? Que não pediste esmolas? Que não a pedirás um dia a esse mesmo que hoje desprezas? As riquezas são por acaso eternas? Não acabam com o corpo, invólucro perecível do Espírito? Oh debruça-te humildemente sobre ti mesmo! Lança enfim os olhos sobre a realidade das coisas desse mundo, sobre o que constitui a grandeza e a humilhação no outro; pensa que a morte não te poupará mais do que aos outros; que os teus títulos não te preservarão dela; que te pode ferir amanhã, hoje, dentro de uma hora; e se ainda te sepultas no teu orgulho, oh! Então, eu te lamento, porque serás digno de piedade!
Texto retirado do livro "o Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Texto retirado do livro "o Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Orgulhosos!
Que fostes, antes de serdes nobres e poderosos? Talvez mais humildes que o último de vossos servos. Curvai, portanto, vossas frontes altivas, que Deus as pode rebaixar, no momento mesmo em que as elevais mais alto. Todos os homens são iguais na balança divina; somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Todos os Espíritos, são da mesma essência, e todos os corpos foram feitos da mesma massa. Vossos títulos e vossos nomes em nada modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza.
Pobre criatura! És mãe, e teus filhos sofrem. Estão com frio. Têm fome. Vais, curvada ao peso da rua cruz, humilhas-te para conseguires um pedaço de pão. Oh, eu me inclino diante de ti. Como é nobre, santa e grande aos meus olhos! Espera e ora: a Felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos, que nele confiam, Deus concede o Reino dos Céus.
E tu, que és moça, pobre filha devota ao trabalho entregue às privações, por quê esses tristes pensamentos? Por que chorar? Que teus olhos se voltem, piedosos e serenos, para Deus; às aves do céu ele dá o alimento. Confia nele, que não te abandonará. O ruído das festas, dos prazeres mundanos, te faz bater o coração. Querias também enfeitar de flores a fronte e misturar-te aos felizes da Terra. Dizes que poderias, como as mulheres que vês passar, estouvadas e alegres, ser rica também. Oh, cala-te, filha! Se soubesses quantas lágrimas e dores sem conta se ocultam sob esses vestidos bordados, quantos suspiros se asfixiam sob o ruído dessa orquestra feliz, preferirias teu humilde retiro e tua pobreza. Conserva-te pura aos olhos de Deus, se não queres que o teu anjo da guarda volte para Ele, escondendo o rosto sob as asas brancas, e te deixe com os teus remorsos, sem guia, sem apoio, neste mundo em que estarias perdida, esperando a punição no outro.
E todos vós que sofreis as injustiça dos homens, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, lembrando que vós mesmos não estais sem manchas: isso é caridade, mas é também humildade. Se suportais calúnias, curvai a fronte diante da prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se vossa conduta é pura. Deus não pode vos recompensar? Suportar corajosamente as humilhações dos homens, é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e todo-poderoso.
Pobre criatura! És mãe, e teus filhos sofrem. Estão com frio. Têm fome. Vais, curvada ao peso da rua cruz, humilhas-te para conseguires um pedaço de pão. Oh, eu me inclino diante de ti. Como é nobre, santa e grande aos meus olhos! Espera e ora: a Felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos, que nele confiam, Deus concede o Reino dos Céus.
E tu, que és moça, pobre filha devota ao trabalho entregue às privações, por quê esses tristes pensamentos? Por que chorar? Que teus olhos se voltem, piedosos e serenos, para Deus; às aves do céu ele dá o alimento. Confia nele, que não te abandonará. O ruído das festas, dos prazeres mundanos, te faz bater o coração. Querias também enfeitar de flores a fronte e misturar-te aos felizes da Terra. Dizes que poderias, como as mulheres que vês passar, estouvadas e alegres, ser rica também. Oh, cala-te, filha! Se soubesses quantas lágrimas e dores sem conta se ocultam sob esses vestidos bordados, quantos suspiros se asfixiam sob o ruído dessa orquestra feliz, preferirias teu humilde retiro e tua pobreza. Conserva-te pura aos olhos de Deus, se não queres que o teu anjo da guarda volte para Ele, escondendo o rosto sob as asas brancas, e te deixe com os teus remorsos, sem guia, sem apoio, neste mundo em que estarias perdida, esperando a punição no outro.
E todos vós que sofreis as injustiça dos homens, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, lembrando que vós mesmos não estais sem manchas: isso é caridade, mas é também humildade. Se suportais calúnias, curvai a fronte diante da prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se vossa conduta é pura. Deus não pode vos recompensar? Suportar corajosamente as humilhações dos homens, é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e todo-poderoso.
domingo, 14 de abril de 2013
Humildade e Orgulho
Que a paz do Senhor esteja convosco, meus queridos amigos! Venho até vós para encorajar-vos a seguir o bom caminho.
Aos pobres Espíritos que outrora viveram na Terra, Deus concede a missão de vir esclarecer-vos. Bendito seja pela graça que nos dá, se podermos ajudar o vosso adiantamento. Que o Espírito Santo me ilumine, me ajude a tornar compreensível, a minha palavra, e me conceda a graça de pô-la ao alcance de todos. Todos vós, encarnados, que estais sob a pena e procurais a luz, que a vontade de Deus venha em minha ajuda, para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós. Os grandes exemplos que vos foram dados são tão poucos seguidos. E, no entanto, sem humildade podeis ser caridosos para o vosso próximo Oh, não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que não são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem. Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuis, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo. Lembrai-vos d`Aqule que vos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre. Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injusta. Oh, irrisão e cegueira! Deus, acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pelos corpos? O invólucro do pobre não é o mesmo do rico? O criador fez duas espécies de homens? tudo quanto Deus fez é grande e sábio. Não lhe atribuais as ideias concebidas por vossos cérebros orgulhoso.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Aos pobres Espíritos que outrora viveram na Terra, Deus concede a missão de vir esclarecer-vos. Bendito seja pela graça que nos dá, se podermos ajudar o vosso adiantamento. Que o Espírito Santo me ilumine, me ajude a tornar compreensível, a minha palavra, e me conceda a graça de pô-la ao alcance de todos. Todos vós, encarnados, que estais sob a pena e procurais a luz, que a vontade de Deus venha em minha ajuda, para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós. Os grandes exemplos que vos foram dados são tão poucos seguidos. E, no entanto, sem humildade podeis ser caridosos para o vosso próximo Oh, não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que não são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem. Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuis, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo. Lembrai-vos d`Aqule que vos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre. Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injusta. Oh, irrisão e cegueira! Deus, acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pelos corpos? O invólucro do pobre não é o mesmo do rico? O criador fez duas espécies de homens? tudo quanto Deus fez é grande e sábio. Não lhe atribuais as ideias concebidas por vossos cérebros orgulhoso.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Para os Incrédulos.
O poder de Deus se revela nas pequenas como nas grandes coisas. Ele não põe a luz sob o alqueire, mas a derrama por toda a parte; cegos são os que não a vêem. Deus não quer abrir-lhes os olhos à força, pois que eles gostam de os ter fechados. Chegará a sua vez, mas antes é necessário que sintam as angústias das trevas e reconheçam Deus, e não o acaso, na mão que lhes fere o orgulho. Para vencer a incredulidade, ele emprega os meios que lhe convém, segundo os indivíduos. Não é a incredulidade que lhe há-de prescrever o que deve fazer, ou lhe vai dizer: Se quiser me convencer, é necessário que faças isto ou aquilo, neste momento e não naquele, porque este é que me convém.
Não se admirem, pois, os incrédulos, se Deus e os Espíritos, que são os agentes da sua vontade, não se submetem às suas exigências. Perguntem o que diriam, se o último dos seus servos lhes quisessem fazer imposições. Deus impõe condições, não se submete a elas. Ouve com bondade os que o procuram humildemente, e não os que se julgam mais da que Ele.
Deus, dir-se-á, não poderia tocá-los pessoalmente por meio de prodígios evidentes, perante os quais o mais duro incrédulos teria de curva-se? Sem dúvida que o poderia, mas, nessa caso, onde estaria o seu mérito; e ademais, de que serviria isso? Não os vemos diariamente recusar a evidência, e até mesmo dizer: ainda que o visse, não acreditaria, pois sei que é impossível? Se eles se recusam a reconhecer a verdade, é porque o seu espírito ainda não está maduro para a compreender, nem o seu coração para o sentir. O orgulho é a venda que lhes tapa os olhos. Que adianta apresentar a luz a um cego? Seria preciso, pois, curar primeiro a causa do mal; eis porque, como hábil médico. Ele castiga primeiro o orgulho. Não abandona os filhos perdidos, pois sabe que, cedo ou tarde, seus olhos se abrirão; mas quer que o façam de vontade própria. E então, vencidos pelos tormentos da incredulidade, atirar-se-ão por si mesmos em seus braços e como o filho pródigo lhe pedirão perdão.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Não se admirem, pois, os incrédulos, se Deus e os Espíritos, que são os agentes da sua vontade, não se submetem às suas exigências. Perguntem o que diriam, se o último dos seus servos lhes quisessem fazer imposições. Deus impõe condições, não se submete a elas. Ouve com bondade os que o procuram humildemente, e não os que se julgam mais da que Ele.
Deus, dir-se-á, não poderia tocá-los pessoalmente por meio de prodígios evidentes, perante os quais o mais duro incrédulos teria de curva-se? Sem dúvida que o poderia, mas, nessa caso, onde estaria o seu mérito; e ademais, de que serviria isso? Não os vemos diariamente recusar a evidência, e até mesmo dizer: ainda que o visse, não acreditaria, pois sei que é impossível? Se eles se recusam a reconhecer a verdade, é porque o seu espírito ainda não está maduro para a compreender, nem o seu coração para o sentir. O orgulho é a venda que lhes tapa os olhos. Que adianta apresentar a luz a um cego? Seria preciso, pois, curar primeiro a causa do mal; eis porque, como hábil médico. Ele castiga primeiro o orgulho. Não abandona os filhos perdidos, pois sabe que, cedo ou tarde, seus olhos se abrirão; mas quer que o façam de vontade própria. E então, vencidos pelos tormentos da incredulidade, atirar-se-ão por si mesmos em seus braços e como o filho pródigo lhe pedirão perdão.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Humildade perante Deus.
Naquele tempo, respondendo, disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai, senhor do Céu e da Terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelastes aos simples e pequeninos.
Mateus, XI:25
Pode parecer estranho que jesus renda graças a Deus por haver revelado essas aos simples e pequeninos, que são os pobres de espírito, ocultando-as aos sábios e prudentes, mais aptos aparentemente, a compreendê-las. É que precisamos entender pelos primeiros os humildes, os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores aos outros; e, pelo segundos, os orgulhosos, envaidecidos com o seu saber mundano, que se julgam prudentes, pois que eles negam a Deus, tratando-o de igual para igual, quando não o rejeitam. Isso porque, na antiguidade, sábio era sinónimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos segredos da Terra e revela os do Céu aos humildes, que se inclinam perante Ele.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Mateus, XI:25
Pode parecer estranho que jesus renda graças a Deus por haver revelado essas aos simples e pequeninos, que são os pobres de espírito, ocultando-as aos sábios e prudentes, mais aptos aparentemente, a compreendê-las. É que precisamos entender pelos primeiros os humildes, os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores aos outros; e, pelo segundos, os orgulhosos, envaidecidos com o seu saber mundano, que se julgam prudentes, pois que eles negam a Deus, tratando-o de igual para igual, quando não o rejeitam. Isso porque, na antiguidade, sábio era sinónimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos segredos da Terra e revela os do Céu aos humildes, que se inclinam perante Ele.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
O maior no Reino dos Céus
Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos, dizendo: Quem é o maior do Reino dos Céus?
E Jesus chamando um menino, o pôs no meio deles e disse: Na verdade, vos digo que, se não vos fizerdes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus, Todo aquele, pois que se humilhar e se fizer pequeno como este menino, esse será o maior no Reino dos Céus. E o que receber em meu nome um menino como este, a mim é que recebe.
Mateus, XVIII: 1-5
Estas máximas são consequência do princípio de humildade, que Jesus põe incessantemente como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor, nas seguintes palavras: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus." Ele toma um menino como exemplo da simplicidade de coração, e diz: "Todo aquele, pois, que se fizer pequeno como este menino, será o maior no Reino dos Céus"; ou seja aquele que não tiver pretensões à superioridade ou à infalibilidade.
O espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, ao mostrar que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram pequenos na Terra, e que frequentemente são bem pequenos os que foram grandes e poderosos. é que os primeiros levaram consigo ao morrer, aquilo que unicamente constitui a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto os outros tiveram de deixar aquilo que os fazia grandes na Terra, e que não se pode levar: a fortuna, os títulos, a glória, a linhagem. Não tendo nada mais chegam ao outro mundo desprovidos de tudo como náufragos que tudo perderam, até as roupas. Conservam apenas o orgulho, que torna ainda mais humilhante a sua nova posição, porque vêem acima deles e resplandecentes de glória, aqueles que espezinharam na Terra.
O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que mais se elevaram numa existência, são abaixados até o último lugar na existência seguinte, se se deixaram dominar pelo orgulho e a ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar na Terra, nem querias sobrepor-vos aos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Procurai, pelo contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar mais elevado no céu, se o merecerdes.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Pobres de Espírito cont...
Entretanto, digam o que quiserem, terão de entrar, como os outros, nesse mundo invisível que tanto ironizam. Então seus olhos se abrirão, e reconhecerão o erro. Mas Deus, que é justo, não pode receber da mesma maneira aquele que desconhece o seu poder e aquele que humildemente se submeteu às suas leis, nem aquinhoá-los por igual.
Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples, Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que dele nos afastam. E isso por uma razão muito natural, pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele. Mas vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de espírito, no sentido mundano, e rico de qualidades morais.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples, Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que dele nos afastam. E isso por uma razão muito natural, pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele. Mas vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de espírito, no sentido mundano, e rico de qualidades morais.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
terça-feira, 9 de abril de 2013
Pobres de Espírito
O que se deve entender por pobres de espíritos
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
(Mateus, V :3)
A incredulidade se diverte com esta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como com muitas outras coisas que não compreende. Por pobre de espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humildes, e diz que o Reino dos Céus é destes e não dos orgulhosos.
Os homens cultos e inteligentes, segundo o mundo, fazem geralmente tão elevada opinião de si mesmos e de sua própria superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de sua atenção. Preocupados somente com eles mesmos, não podem elevar o pensamento a Deus. Essa tendência a se acreditarem superiores a tudo leva-os muito frequentemente a negar o que sendo-lhes superior, pudesse rebaixá-los e a negar até mesmo a Divindade. E, se concordam em admiti-la, contestam-lhe um dos seus mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, convencidos de que são suficientes para bem governá-lo. Tomando sua inteligência como medida de inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem admitir como possível aquilo que não compreendem. Quando se pronunciam sobre alguma coisa, seu julgamento é para eles inapelável.
Se não admitem o mundo invisível e um poder extra-humano, não é porque isso fora do seu alcance, mas porque o seu orgulho e revolta à ideia de alguma coisa a que não possam sobrepor-se, e que os faria descer do seu pedestal. Eis porque só tem sorrisos de desdém por tudo o que não seja do mundo visível e tangível. Atribuem-se demasiada inteligência e muito conhecimento para acreditarem em coisas que, segundo pensam, são boas para os simples, considerando como pobres de espírito os que as levam a sério.
domingo, 7 de abril de 2013
Espírito de Verdade cont.
Disse o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados." Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre? O Espiritismo revela que a causa está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrado que os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, são a purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento, sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas se perde o vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a prespetiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem, para ir até o fim do caminho.
Assim realiza o Espirtismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e por que está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kadec
Espírito de Verdade
Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. - Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João:15 a 17; 26)
Jesus promete outro consolador: é o Espírito de verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pode dizer tudo. Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumpri a promessa do Cristo: o Espírito de Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: "que ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositadamente lançado sobre certos mistérios, e vem por fim trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Jesus promete outro consolador: é o Espírito de verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pode dizer tudo. Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumpri a promessa do Cristo: o Espírito de Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: "que ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositadamente lançado sobre certos mistérios, e vem por fim trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sábado, 6 de abril de 2013
Vinde a mim...
Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
(Mateus, XI 28-30)
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: "Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviareis."
Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Ma esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como deve o amor e a caridade.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
(Mateus, XI 28-30)
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: "Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviareis."
Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Ma esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como deve o amor e a caridade.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Suicídio e sofrimento
Um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida de um semelhante, sabendo que ele sucumbirá; isso pode ser considerado como suicídio?
-Não havendo a intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação, mesmo com certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem diz que a Providencia não reservará um meio inesperado de salvação, no momento mais crítico? Não pode ela salvar até mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Pode ela muitas vezes, querer levar a prova de resignação até o último limite, e então uma circunstancia inesperada desvia o golpe fatal.
Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos por submissão à vontade de Deus e com vista à sua felicidade futura, não trabalham apenas para eles mesmos, e podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros?
-Esses sofrimentos podem ser proveitosos para outros, material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as privações e os sacrifícios que se impõem contribuem para o bem-estar material do próximo. Moralmente, pelo exemplo do poder da fé espírita pode incitar os infelizes à resignação, salvando-os do desespero e de suas funestas consequências para o futuro.
-Não havendo a intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação, mesmo com certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem diz que a Providencia não reservará um meio inesperado de salvação, no momento mais crítico? Não pode ela salvar até mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Pode ela muitas vezes, querer levar a prova de resignação até o último limite, e então uma circunstancia inesperada desvia o golpe fatal.
Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos por submissão à vontade de Deus e com vista à sua felicidade futura, não trabalham apenas para eles mesmos, e podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros?
-Esses sofrimentos podem ser proveitosos para outros, material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as privações e os sacrifícios que se impõem contribuem para o bem-estar material do próximo. Moralmente, pelo exemplo do poder da fé espírita pode incitar os infelizes à resignação, salvando-os do desespero e de suas funestas consequências para o futuro.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Procurar a morte
Aquele que está desgostoso da vida, mas não querendo abreviá-la, será culpado, indo procurar a morte num campo de batalha, com o pensamento de torná-la útil?
- Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de abreviar a vida, e por conseguinte, há suicídio de intenção, embora não haja de facto. O pensamento de que a sua morte servirá para alguma coisa é ilusório, simples pretexto, para disfarçar a ação criminosa e desculpá-lo aos seus proprios olhos. Se ele tivesse seriamente o desejo de servir à pátria, procuraria antes viver para dedicar-se à sua defesa, e não morrer, porque uma vez morto já não serve para nada.
A verdadeira abnegação consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil, em enfrentar o perigo e oferecer o sacrifício da vida, antecipadamente e sem pesar, se isso for necessário. Mas a intenção premeditada de procurar a morte, expondo-se para tanto ao perigo, mesmo a serviço, anula o mérito da ação.
- Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de abreviar a vida, e por conseguinte, há suicídio de intenção, embora não haja de facto. O pensamento de que a sua morte servirá para alguma coisa é ilusório, simples pretexto, para disfarçar a ação criminosa e desculpá-lo aos seus proprios olhos. Se ele tivesse seriamente o desejo de servir à pátria, procuraria antes viver para dedicar-se à sua defesa, e não morrer, porque uma vez morto já não serve para nada.
A verdadeira abnegação consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil, em enfrentar o perigo e oferecer o sacrifício da vida, antecipadamente e sem pesar, se isso for necessário. Mas a intenção premeditada de procurar a morte, expondo-se para tanto ao perigo, mesmo a serviço, anula o mérito da ação.
terça-feira, 2 de abril de 2013
Abreviar o fim?
Mas quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir um homem até beira da sepultura, para em seguida retirá-lo, com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e modificar-lhe os pensamentos? A que extremos tenha chegado um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que soou a sua hora final. A ciência, por acaso, nunca se engano nas suas previsões?
Bem sei que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperados. Mas se não há nenhuma esperança possível de um retorno definitivo à vida e à saúde, não há também inúmeros exemplos de que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? Pois bem: essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que o seu Espírito poderia ter feito nas convulsões de agonia, e quantos tormentos podem ser poupados por um súbito clarão de arrependimento. O materialista, que só vê o corpo, não levando em conta a existência da alma, não pode compreender essas coisas. Mas a espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento. Aliviai os últimos sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos de abreviar a vida, mesmo que seja em apenas um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Bem sei que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperados. Mas se não há nenhuma esperança possível de um retorno definitivo à vida e à saúde, não há também inúmeros exemplos de que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? Pois bem: essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que o seu Espírito poderia ter feito nas convulsões de agonia, e quantos tormentos podem ser poupados por um súbito clarão de arrependimento. O materialista, que só vê o corpo, não levando em conta a existência da alma, não pode compreender essas coisas. Mas a espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento. Aliviai os últimos sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos de abreviar a vida, mesmo que seja em apenas um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
Auxiliai-vos
Auxiliai-vos sempre, pois em vossas provas mútuas, e jamais vos encareis como instrumentos de tortura. Esse pensamento deve revoltar todo homem de bom coração, sobretudo os espíritas. Porque o espírita, mais que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. O espírita deve pensar que sua ida inteira tem de ser um ato de amor e de abnegação, e que por mais que faça para contrariaras decisões do Senhor, sua justiça seguirá o seu curso. Ele pode, pois, sem medo, fazer todos os esforços para aliviar o amargo da expiação, porque somente Deus pode cortá-la ou prolongá-la, segundo o que julga a respeito.
Não seria excessivo orgulho, da parte do homem, julgar-se com direito de revolver, por assim dizer, a arma na ferida? De aumentar a dose de veneno para aquele que sofre, sob o pretexto de expiação? Oh! considerai-vos sempre como o instrumento escolhido para fazê-la cessar. Resumamos assim: estais todos na Terra para espiar: mas todos sem excepção deveis fazer todos os esforço para aliviar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei de amor e caridade.
Não seria excessivo orgulho, da parte do homem, julgar-se com direito de revolver, por assim dizer, a arma na ferida? De aumentar a dose de veneno para aquele que sofre, sob o pretexto de expiação? Oh! considerai-vos sempre como o instrumento escolhido para fazê-la cessar. Resumamos assim: estais todos na Terra para espiar: mas todos sem excepção deveis fazer todos os esforço para aliviar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei de amor e caridade.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Por termo as provassões
Já vos dissemos e repetimos, muitas vezes, que estais na Terra de expiação para completar as vossas provas e, que tudo o que vos acontece é consequência de vossas existências anteriores, as parcelas da dívida que tendes a pagar. Mas este pensamento provoca em certas pessoas reflexões que devem ser afastadas, porque podem ter funestas consequências.
Pensam alguns que, uma vez que está na Terra para expiar, é necessário que as provas sigam o seu curso. Há outros que chegam a pensar que não somente devemos evitar de atenuá-las, mas também devemos contribuir para torná-las mais proveitosas, agravando-as. É um grande erro. Sim, vossas provas devem seguir o curso que Deus lhes traçou, mas acaso conheceis esse curso? Sabeis que ponto elas devem ir, e se vosso Pai Misericordioso não disse do sofrimento deste ou daquele vosso irmão: "Não irás além disto?" Sabeis se a providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício, para agravar o sofrimento do culpado, mas como bálsamo consolador, que deve cicatrizar as chagas abertas pela sua justiça?
Não digais, portanto, ao verdes um irmão ferido: "É a justiça de Deus, e é necessário que siga o seu curso", mas dizei ao contrário "Vejamos que meios nosso Pai Misericordioso me concedeu, para aliviar o sofrimento de meu irmão. Vejamos se meu conforto moral, meu amparo material, meu conselhos, poderão ajudá-lo a transpor esta prova com mais força, paciência e resignação. Vejamos se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer cessar este sofrimento; se não me deu, como provar também, ou talvez como expiação, o poder de cortar o mal e substituí-lo pela bênção da paz."
Texto retirado do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
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